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domingo, 3 de maio de 2009

Cá vamos! A eito, que a estrada é longa...

É Primavera! Tempo das limpezas profundas, de pôr a vida em ordem para as novidades que já fervilham, debaixo da terra ou dentro das barrigas, sonhando com a luz. E eu a precisar Tanto de luz...

Espero que seja desta: vou começar a colocar aqui no sótão todas as coisas cujo tempo de vida nas minhas mãos parece ter chegado ao fim. Não porque já não tenham sentido, mas apenas porque para mim, no contexto actual, parecem tê-lo perdido.

Reconhecer esta espécie de morte custa-me... sinto-me como que responsável pelos objectos que possuo. A vida deles, o seu sentido, depende da minha vida e do uso que lhes dou, do lugar que assumem na minha existência. Por isso, quando a minha vida flui e me liberto, e deixo de precisar deles, sinto que de certa forma os traí.

Já em miúda, com as bonecas, acontecia o mesmo: quando não brincava com elas, inventava-lhes outra vida, outras ocupações, festas, amigos, mundos paralelos. Só para não me parecer que estavam ali nas prateleiras, sentadas à minha espera...

Mas a ideia deste sótão não é um faz-de-conta. Não tenho qualquer interesse em ficar agarrada a estes objectos, não é o material que me prende mas o seu sentido, o seu sopro vital. Vou colocá-los aqui para que possam encontrar outra vida, novos sentidos nas mãos de outros donos que precisem deles, que os estimem, a quem dêem alegria.

Contem-me os sentidos que estes objectos têm ou poderão vir a ter para vocês. Digam aos amigos, a todas as pessoas para quem achem que possa fazer sentido algo que aqui encontrem. Ajudem-me a devolver estes objectos à vida, a apaziguar o meu luto culpado e a deixar a existência fluir sem prisões.

Obrigada!



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